Resenha: The Semantic Turn
Victor Moreira
01victoremanuel@gmail.com
No capÃtulo History and aim do livro The Semantic Turn: A New Foundation for
Design do autor Klaus Krippendorff introduz a Trajetória da Artificialidade
inicialmente criticando a escola de design Bauhaus, que objetivava humanizar a
cultura de massa, mas só conseguiu ter êxito em pouquÃssimos produtos, sendo
que um dos princÃpios da Bauhaus era racionalizar produtos e ambientes. Grandes
figuras como Louis Sullivan definiu o movimento com a afirmativa “a forma segue
a função”, e Walter Groupis “simplicidade na multiplicidade” entre outros.
Krippendorff explica que esse modelo cega os designers em uma ordem estável, e
que esse tipo de pensamento pertence a uma sociedade antiga.
Hoje no mundo o
imaterial e o material têm muitas vezes valores iguais, dessa forma o projeto
de design precisa evoluir para entender esse novo mundo. Através de um esquema
o autor procura demostrar à evolução e a trajetória dos problemas de projeto
“Ela começa com a concepção de produtos materiais continua e progressiva, dos
cinco principais tipos de artefatos, cada um somando-se o que os designers
podem fazer” (Krippendorff, 2006). O autor traça uma linha evolutiva partindo
de Products - Goods, Sevices, and Identities - Multiuser Systems/Networks -
Projets - Descouses.
Imagem 1 – Trajetória
de artificialidade
Fonte: Krippendorff, 2006.
Ao tratar de
Produtos, o autor explica a necessidade das especificações e modo de uso dos
produtos, para que não haja a “má utilização” do artefato. Se por um lado o
modo “correto” de usar é encorajado, o modo “errado” é desencorajado, esse
conceito apoiando-se no fato de que o projetista entende os limites de seu
produto, e pode prever formas de uso corretas e incorretas. Quando fazemos autoescola,
curso de informática e até lemos o manual de uso estamos aprendendo a
orientação do uso correto dos produtos, esta atitude maximiza a utilidade dos artefatos
e aumenta a vida útil.
No ponto sobre
interfaces o Krippendorff aponta três caracterÃsticas importantes:
interatividade, dinâmica e autonomia. Explica que essas caracterÃsticas devem
favorecer a relação homem-computador, sendo a máquina uma ferramenta
inteligente no suporte de tarefas. O “modo de uso” não mais deve vir de cursos
preparatórios ou da leitura de manuais, mas sim a própria ferramenta que deve
ser capaz de informar o seu modo de usar, fazendo uso da interatividade,
dinâmica e autonomia, para que o usuário não dependa de outros meios para
utilizar o artefato.
É possÃvel
perceber que os problemas de design evoluÃram e as modificações foram de forma
incremental, a anterior colaborando com a posterior. Assim como as necessidades
humanas evoluem os artefatos também colaboram para essa satisfação, dessa forma
é possÃvel entender as necessidades atuais e ainda prever necessidades futuras.
Krippendorff, Klaus. 2006. The semantic Turn: A new foundation for Design. Boca Raton. Florida, USA: Taylor & Francis.
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